Quem não viu o menino, pivete da rua
Saltar para a tela num vôo astral!
Quem viu o menino, herói de cinema,
Voltar pra favela e viver seu papel?
Teu corpo na lama
Teu rosto na tela
Girando o mundo.
Tu morto na favela.
Tu morto na cama
Furado de bala.
Tu morto na lama
Agora a tv fala.
Nunca o cinema foi tão real.
Nunca o vida foi tão cinematográfica.
A fama de ser bandido.
O preço de ser herói.
E a vida se esvai pelos dedos fugindo, fugindo, fugindo...
Corria no morro...
Corria na tela...
Corria na vida...
Vida? Que vida???
Agora já não corre mais.
A morte é a liberdade para aqueles a quem os sonhos são fantasmas.
Suely canta poemas de Vilebaldo Rocha
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